quinta-feira, 22 de maio de 2014

ARTE BIZANTINA

História Bizantina

           

- O auge deste império foi atingido durante o reinado do imperador Justiniano (527-565), que visava reconquistar o poder que o Império Romano havia perdido no ocidente.

- Após a morte de Justiniano, o Império Bizantino ficou a mercê de diversas invasões, e, a partir daí, deu-se início a queda de Constantinopla. Com seu enfraquecimento, o império foi divido entre diferentes realezas feudais. Constantinopla teve sua queda definitiva no ano de 1453, após ser tomada pelos turcos. 

- Crise Iconoclasta:Período que consistia na destruição de qualquer imagem santa devido ao conflito político entre os imperadores e o clero.



Arquitetura Bizantina



Interior da Igreja Santa Sofia


      

- As basílicas continham cúpulas sustentadas por colunas, onde haviam os capitéis, trabalhados e decorados com revestimento de ouro.

- Assim como na arte, a Arquitetura Bizantina teve influências vindas de Roma, da Grécia e do Oriente.


- A arquitetura teve um lugar de destaque, operando-se nela as importantes inovações. Foi herdeira do arco, da abóbada e da cúpula, mas também, do plano centrado, de forma quadrada ou em cruz grega, com cúpula central e absides laterais.

Características

    
- Igrejas planeadas sobre uma base circular, octogonal ou quadrada rematada por diversas cúpulas, criando-se edifícios de grandes dimensões, espaçosos e profusamente decorados.

- A arquitetura é marcada pelo processamento das várias influências estéticas recebidas pelo Império Bizantino. Também destacou-se no desenvolvimento da engenharia e de técnicas construtivas arrojadas, tendo sido responsável pela difusão de novas formas e tipologias de cúpulas. 

Igreja Santa Sofia


Colunas 







Capitéis 







Arcos 








Abóbadas


- Abóbadas cilíndricas, ou com naves circulares, e grandes cúpulas, que, havendo herdado muitos elementos do Oriente, passou por transformações, tornando-se modelo para os edifícios paleocristãos e bizantinos. 







Mosaicos 


   
- Maior destaque no reinado de Justiniano.

- As pessoas são representadas de frente e verticalizadas para criar certa espiritualidade; a perspectiva e o volume são ignorados e o dourado é utilizado em abundância, pela sua associação a um dos maiores bens materiais: ouro.

- Destinava-se a decorar as paredes e abóbadas, como também de fonte de instrução e guia espiritual.

- Forma de expressão artística bastante importante no Império Bizantino.










Esculturas 


- CARACTERÍSTICAS: Obra em baixo relevo, formada por dois pequenos painéis que se fecham.

- Em sua primeira fase, dedicavam-se ao baixo relevo em mármore, pedra, madeira e marfim. Surgiram depois trabalhos ornamentais em capitéis com motivos vegetais e animais e em sarcófagos. Mas as obras principais da escultura bizantina são as pequenas peças. 







Pinturas 


- Os temas mais freqüentes abordavam cenas retiradas do Antigo e do Novo Testamento e da vida de santos e mártires, repletas de sugestões de exemplos edificantes.

- Os traços faciais eram acentuados por contornos de traços grossos e escuros. Os fundos apresentavam uma só cor, branco ou dourado, emoldurados por frisos geométricos.

- Para desenvolver esse tipo de pintura mural, os artistas do românico em geral recorreram às técnicas da pintura do afresco, misturando a tinta com água de cola ou com cera. Por outro lado, é preciso mencionar também o trabalho que se fazia então de iluminura de Bíblias e obras manuscritas. Cada vez mais sofisticado, ele evoluía paralelamente à pintura formal, tanto em termos de estilo quanto de desenvolvimento da técnica pictórica.






Atualidade

        
- Atualmente, Constantinopla é conhecida como Istambul e pertence à Turquia. Apesar de um passado turbulento, seu centro histórico encanta e impressiona muitos turistas devido à riquíssima variedade cultural que dá mostras dos diferentes povos e culturas que por lá passaram. 

























quarta-feira, 7 de maio de 2014

A arte de Construir


             Ao longo do tempo a arquitetura foi adquirindo diferentes formas e definições. Platão já identificava a arquitetura à lógica das construções - a arquitetura não seria uma das coisas, mas a coisa em si própria.

A arquitetura estava aliada a tecnologia apropriada a uma indiscutível intenção plástica, que ia até os aperfeiçoamentos das deformações corretoras das ilusões ópticas, definindo, assim a criação artística.


Vitrúvio


Compreende três aspectos na arquitetura: a solidez, a utilidade e a beleza. Propõe uma divisão para explicar a sua visão do que seja arquitetura: 1) Ordenação (ordinatio), que se refere ao dimensionamento justo das partes que compõem o edifício, tendo em vista as necessidades do programa; 2) Disposição (disposito), que seria o "arranjo conveniente de todas as partes, para que elas sejam colocadas segundo a qualidade de cada uma" e onde são considerados os critérios de composição, implicando, inclusive, a representação gráfica do projeto;  3) Euritmia (eurytmia), a interpretação mais aceita seria o que entendemos por harmonia. 4) Simetria (symmetria), que era um dos conceitos fundamentais da estética clássica. Cálculo das relações, medido por meio comum, denominado "modulus"; 5) Conveniência (decor), trata da disposição de cada uma das partes do edifício segundo as necessidades do programa, onde reside seu valor estético; 6) Distribuição (distributio), "princípio no qual nada se deve empreender fora das possibilidades daquele que faz a obra e segundo a comodidade do lugar, controlando tudo com prudência".


    O templo grego - Parthenon
              Vitrúvio nos seus seis princípios, dedicou-se praticamente à estética do projeto arquitetônico. Sua obra foi considerada a "Bíblia" dos arquitetos, principalmente durante o Renascimento, quando constituiu uma espécie de ponte entre o passado clássico grego e o modernismo.

                                                         Arquitetura Gótica

               Desenvolvida para a glória de Deus, em meio a um frisson religioso, foi uma verdadeira integração entre ciência e as artes, simbolizado pelos engenhosos cortes de pedras, todo o conhecimento aplicado a estabilidade de gigantescas construções, que exigem conhecimentos interdisciplinares. 

Catedral de Florença - Arquitetura Renascentista


        Em seguida veio o Maneirismo, Barroco, Neoclássico e, por meio dos teóricos e tratadistas, o linguajar, o vocabulário clássico, perdurou por meio de outras sintaxes, de outras maneiras de compor espaços ( o espaço posteriormente será tratado com uma nova visão).


Revolução Industrial


         Período marcado por sucessivas alterações no modo de vida, no modo de encarar os acontecimentos sociais e no modo de julgar a arte, agora ao alcance de inúmeras pessoas. O que antes era restrito aos ricos, agora é de domínio público e popularizou - se a noção de estilos arquitetônicos, mesmo que estes, aos leigos não tenham a compreensão de que os estilos estão na realidade embutidos no próprio sistema estrutural. Todo o progresso advindo dessa época teve reflexo nas construções, cuja modernização começou pelas pontes, principalmente na Inglaterra, e pelas construções vinculadas a novos programas.
Nessa mesma época houve o rompimento entre arquitetos e engenheiros, dois pensadores arquitetos expuseram suas teorias, um deles Eugêne Emmanuel Viollet-Le -Duc (1814-1880), teve como caráter principal das suas teorias a objetividade. Buscou a beleza nas relações geométricas e graficamente determinava, ou comprovava, as leis da harmonia que engrandeciam a composição arquitetônica. Sua "teoria do triângulo" foi uma inovação e para ele naquela figura geométrica" estava a chave do mistério". Leonce Raymond, no seu Trité d' architecture", de 1860. Procurava a "verdade" na arquitetura, dizia: " O bom é o fundamento do belo e as formas de arte devem ser sempre verdadeiras".
Já no século XIX e início deste, as definições de arquitetura assumiram modo de olhar diverso, fazendo surgir textualmente outro protagonista no elenco dos elementos significativos: o espaço. Cremos que foi Auguste Perret (1874-1954) o primeiro a dizer que "arquitetura é a arte de organizar o espaço e é pela construção que ela se expressa". Os arquitetos e teóricos passaram a elaborar definições onde sempre enfatizava a verdade favorecendo o belo.


Edifício Mies Van Der Rohe (Alexanderplazt-Berlim)

Capela Ronchamp de Le Corbusier

Lúcio Costa

Teórico da arquitetura brasileira, diz que " uma construção enquanto satisfaz apenas às exigências técnicas e funcionais - não é arquitetura; quando se perde em intenções meramente decorativas - tudo não passa de cenografia; mas quando - popular ou erudita - aquele que a ideou pára e hesita ante a simples escolha de um espaço de pilar ou de relação entre altura e largura de um vão e se detém na procura obstinada da justa medida entre cheios e vazios, na fixação dos volumes e subordinação deles a uma lei e se demora atento ao jogo de materiais e seu valor expressivo - quando  tudo isso se vai pouco a pouco somando, obedecendo aos mais severos preceitos técnicos e funcionais, mas também àquela intenção superior que seleciona, coordena e orienta em determinado sentido toda essa confusa e contraditória de detalhes, transmitindo assim ao conjunto ritmo, expressão, unidade e clareza - o que confere à obra o seu caráter de permanência, isto sim é arquitetura".
     



Lemos , Carlos Alberto Cerqueira. O que é Arquitetura. São Paulo: Brasiliense, 1994, 7. ed; p. 78